Desenvolvimento da oralidade em língua inglesa nas modalidades presencial e a distância - um estudo comparativo

Resumo

Este estudo comparou a produção oral em inglês de alunos de dois cursos de Letras da Universidade Federal do Ceará, um presencial e outro a distância. Os alunos realizaram tarefas orais similares às questões orais independentes do TOEFL iBT no final de cada semestre de estudo, por um período de quatro semestres. As produções foram analisadas de acordo com quatro parâmetros: fluência, acurácia e complexidade. Em fluência, as palavras produzidas foram divididas pela quantidade de tempo gasto. Duas medidas de acurácia foram analisadas, uma medida sintática, que considerou a média das orações corretas por tarefa, e uma medida lexical, que considerou o número de palavras erradas dividido pela quantidade de palavras produzidas. Em complexidade, duas medidas foram avaliadas, uma medida sintática, que considerou a quantidade de orações produzidas divididas pelo número de AS-units, e uma medida lexical, que considerou a quantidade de palavras diferentes dividida pelo total de palavras produzidas em cada tarefa. Um modelo de ANOVA de medidas repetidas foi usado para analisar o resultado de cada parâmetro. A ANOVA avaliou os efeitos de três fatores: Grupo (presencial e distância), Tempo (os quatro semestres) e interação entre Grupo e Tempo. Concluiu-se que, considerando a interação entre Grupo e Tempo, não houve diferença significativa no desenvolvimento oral de ambos os grupos, em cada um dos parâmetros pesquisados. Considerando os parâmetros Grupo e Tempo separadamente, não há diferença significativa entre o desenvolvimento oral nos parâmetros lexicais de acurácia e complexidade. De uma maneira geral, concluiu-se que a aprendizagem de língua estrangeira a distância pode demonstrar níveis de desenvolvimento oral equivalentes àqueles da aprendizagem presencial.

Palavras-chave: ensino de idiomas a distância, oralidade, desenvolvimento