SOBRE DIFERENÇAS ENTRE SEXO EM LINGUAGEM MAS NÃO EM CONCURSOS NEM EM TECNOLOGIA

MARIA CECILIA MOLLICA, HADINEI RIBEIRO BATISTA

Resumo


Ao refletir sobre o impacto dos 53 mil zeros nas redações do ENEM de 2015, a pesquisa desenvolvida lança proposição objetiva e inovadora. Esta comunicação reporta à ferramenta SABERE (BATISTA & MOLLICA, 2014/2015;), como política pública democrática, gratuita e acessível a toda população. Metodologicamente, a plataforma é construída para bigdata e extração de dados de diversas configurações. Recortamos aqui os dados postados e extraídos da ferramenta no contexto de produções textuais de aprendizes do Ensino Fundamental I, cujo tema proposto voltou-se para a problemática do “bullying”. O foco da análise incide justamente sobre os sintagmas adjetivais, quase sempre de caráter discriminatório, para estimar como os alunos que concorrem ao Sisu expressam favorável e desfavoravelmente os preconceitos prototípicos da sociedade em relação ao universo feminino que, em geral, reaparecem nas salas de aulas. Os resultados mostram que os estigmas sociais são registrados claramente nas produções textuais do alunado. Supõe-se, assim, que se trata de geração que domina a tecnologia e é dependente dela, no entanto, não domina a construção de textos em padrão formal, exigidos nas  agências de letramento. Nas portas da Universidade, um contingente de candidatos ao Ensino Superior encontra barreiras graves quanto às exigências de redações apropriadas e adequadas ao grau de ensino pretendido.

Palavras-chave: Políticas públicas, sexo, educação, tecnologia, apropriação de linguagem escrita prestigiada.

 


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