EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E AS RUPTURAS PARADIGMÁTICAS NO ENSINO/APRENDIZAGEM

José Antônio Lucas Guimarães

Resumo


As mudanças, que a sociedade passou nas últimas décadas, produziram a necessidade de pensar o sentido das coisas a partir da inserção das novas tecnologias. A pesquisa tem como objetivo analisar os fundamentos da Educação a Distância (EaD) no Brasil, descrever as tendências e paradigmas da Educação brasileira e identificar as rupturas e inovações que a EaD proporciona à educação presencial. Ele analisa como o paradigma da tecnologia da informação se impõe sobre a sociedade e como isso conduz a educação a buscar novos paradigmas para uma nova realidade educacional. Através de pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, tendo por referencial teórico Thomas Kuhn (1998), Boaventura de Souza Santos (1995; 2002), Manuel Castells (2001) e Maria Cândida Moraes (1996) percebe-se que a EaD, pela sua própria natureza, é ruptura e inovação em construção. Ela é forjada através da “ação emergente” numa condição de “virtualidade da realidade”, mediada por tecnologias e “agentes educacionais da fronteira”, e postura “eco-histórico-crítico”. Nisso, ocorre a instalação do ciclo de inovação paradigmática. Sendo uma realidade em construção, o esforço é para que ela consolide no Brasil a democratização da Educação, o aprofundamento dos avanços nas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) e ensino/aprendizagem como espaço de compartilhamento de saberes e construção do indivíduo como sujeito solidário, autônomo e habilitado à interatividade. A pesquisa, finalmente, aponta para a necessidade de posterior pesquisa de campo para analisar o nível de inserção dos docentes e alunos no paradigma da tecnologia, bem como verificar como os paradigmas norteiam os projetos pedagógicos dos cursos em EaD no Brasil.

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