NEOLOGIA E INTERNET: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A INTERFERÊNCIA DO INTERNETÊS NA ESCRITA FORMAL DE UMA ADOLESCENTE

Daiany Kipper, Cátia Grasiela da Silva

Resumo


O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, de análise interpretativista (BORTONI-RICARDO, 2008) sobre como a internet tem contribuído para que haja uma grande inserção de neologismos em nossa língua. O objetivo geral é compreender se o uso da linguagem online e da escrita informal no bate-papo do Facebook interfere na produção escrita formal de uma adolescente estudante do ensino médio. A partir de verificação autorizada de uma conversa online do programa de bate-papo privado da rede social Facebook, verificou-se se a linguagem utilizada influencia ou não na escrita de uma produção textual em linguagem formal dessa mesma adolescente. Para tal, fizemos um estudo de caso, observando fragmentos da conversa online cedida e posteriormente da produção textual solicitada e cedida por essa adolescente e estudante do Ensino Médio. Procuramos verificar a inserção de neologismos usados na internet no texto formal, com bases teóricas firmadas principalmente em Abaurre (2006), Alves (2007), Bagno (2002), Bakthin (2005), Bisognin (2009), Lobato (2008) e Marcuschi (1997/2002/2004). Além dos neologismos, discute-se o internetês, a adequação linguística, o hipertexto e a hipertextualidade, som e imagem, letramento digital e gêneros emergentes do meio digital. Por fim, verificamos que o sujeito da pesquisa estabelece um parâmetro de adequação em sua linguagem, utilizando uma linguagem despreocupada do ponto de vista gramatical e neologismos em uma situação informal e abstendo-se deles na situação formal proposta. O resultado desse estudo aponta para uma grande entrada de neologismos em nossa língua, quando a adolescente utiliza a rede social, mas pouca influência desse conhecimento informal na produção de um texto formal.


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